A mulher conhecida como “Mainha do Crime”, detida nessa terça-feira (18) por suposta participação no latrocínio de um ciclista na zona oeste de São Paulo, já havia sido condenada por participação em um esquema criminoso em 2022.
De acordo com investigações da Polícia Civil, ela tinha a função de organizar assaltos e adquirir os celulares que eram roubados pelos criminosos em São Paulo. Veja aqui quem era a “Mainha do Crime”.
Antecedentes da “mainha”
Em 2022, cinco pessoas, incluindo a chefe “Mainha“, foram condenadas por associação criminosa armada e outros crimes relacionados a roubos e receptação de produtos em São Paulo. A investigação apreendeu armas, munições, dinheiro e diversos produtos roubados.
A Polícia Civil iniciou as investigações após dois latrocínios ocorridos em fevereiro e março de 2022. Informações apontavam para a comunidade de Paraisópolis como local onde os autores dos crimes poderiam ser encontrados.
Em 15 de março de 2022, um acusado com apelido de “Gogó” foi preso e forneceu informações sobre a participação de outros indivíduos. A partir disso, outro homem de apelido “Chupeta“, outros dois suspeitos e a líder da quadrilha “Mainha” também passaram a ser investigados.
Com base nas informações fornecidas pelos suspeitos, a Polícia Civil localizou a residência de “Mainha“. Em 18 de março de 2022, ela foi presa em flagrante. De acordo com a denúncia, foram encontrados mais de 50 celulares, pares de óculos, bolsas femininas, relógios, uma pistola 38, um revólver calibre 32, munições, um simulador de pistola, notebooks e mais de R$ 7.000,00 em dinheiro.
Em seus depoimentos, os membros da quadrilha confessaram envolvimento nos crimes. “Gogó” afirmou que “Mainha” fornecia armas e comprava os produtos roubados. “Chupeta” confirmou que vendia os produtos para “Mainha“, recebendo pagamentos em dinheiro. Um dos investigados também relatou que “Mainha” comprava qualquer objeto roubado e fornecia armas para os roubos.
O Ministério Público denunciou “Mãinha” por associação criminosa, posse ilegal de armas e receptação qualificada. “Chupeta“, outros dois envolvidos e “Gogó” foram denunciados por associação criminosa. Em primeira instância, os réus foram absolvidos da acusação de associação criminosa por falta de provas consistentes colhidas em juízo. O Ministério Público, no entanto, recorreu da decisão.
O Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o recurso do Ministério Público e condenou os réus por associação criminosa armada, considerando as provas colhidas na fase policial, como depoimentos de policiais e confissões dos réus.
Na decisão, Mainha foi condenada a um ano e nove meses de prisão. Não há informações sobre se ela chegou a cumprir a pena.