O gabinete de Portugal decidiu seguir adiante com um voto de desconfiança contra o governo de centro-direita que é contestado pelos principais partidos da oposição. Isso foi anunciado nesta quinta-feira (6), com a votação parlamentar prevista para ocorrer na próxima terça-feira (11).
O primeiro-ministro português, Luis Montenegro, propôs na quarta-feira (5) um voto de confiança em seu governo minoritário de um ano, arriscando a própria demissão e uma eleição antecipada – a terceira do país em menos de quatro anos.
Se os legisladores rejeitarem, o governo cairia e assumiria um papel interino, aguardando uma decisão do presidente Marcelo Rebelo de Sousa sobre se dissolve o parlamento e convoca novas eleições, o que muitos analistas consideram provável.
No centro da crise política está uma empresa de consultoria de propriedade da família do primeiro-ministro Luis Montenegro, que fez contratos com empresas privadas que a oposição diz terem beneficiado o premiê.
Montenegro negou qualquer conflito de interesses ou deficiências éticas.